Izabela Netto Pereira

GHC – Jardim Leopoldina

Este foi meu primeiro dia no campo. Nunca havia ido ao bairro Leopoldina então tive dificuldade com a localização. Estava no Campus do Vale em aula, peguei um ônibus com uma colega de aula (também participante do projeto mas que se dirigia para outro posto). Desço do ônibus, já na região do posto e pergunto para uma senhora onde era a Rua Orlando Aita. Ela não sabe. Pergunto para ela onde é a rua do posto e ela me responde (-Ah é a próxima à esquerda!).
Chego à frente do posto onde algumas pessoas se encontram sentada, outras de pé em uma pequena fila. Como eu não estava na fila esperando consulta, sentei mais ao lado. Algumas pessoas me olham com uma cara meio estranha como se eu estivesse “furando” a fila deles. Eram 13h40min e o posto ainda estava fechado. Sento e espero meus colegas que deveriam estar chegando.
Quando meus dois colegas (ambos da Psicologia) chegam, nos identificamos a um senhor que se localiza a frente do posto e que orienta as pessoas para seus destinos. Ele nos leva a uma sala de grupos, onde entra uma senhora apresentando o residente Marcos. Marcos nos diz que o Dr. Cezar que nos receberia, esperou um grupo pela manhã, mas como o grupo não apareceu, ele foi embora, não nos esperando para a visita. Marcos nos pergunta sobre o projeto, de que universidade somos, pois ele estava bem desinformado e tinha “caído de pára-quedas” ali. Ele achou um projeto muito interessante e disse já ter participado de projetos de Integralidade em outros Estados.
É feita uma apresentação física da unidade. Deixamos nossos materiais em uma salinha entre a cozinha e o corredor de espera. O posto é bem organizado. Aquele senhor da porta direciona as pessoas que pegam senhas para acolhimento ou passam para uma outra sala de espera (espécie de corredor entre os consultórios) as que já tem a sua consulta marcada. Marcos nos apresenta outros profissionais que nos receberam bem. O que me chama muito a atenção é o fato de nenhum profissional, a não ser uma residente e alguns técnicos, na usarem jaleco.
Visitamos a cozinha, sala de curativos, consultórios médicos e odontológicos, há um local onde ocorrem consultas de nutrição (não são diárias), um espaço destinado ao armazenamento e dispensação de medicamentos. Não há farmacêuticos a unidade nem balcão de farmácia, o que me chama muito a atenção, pois a dispensação é feita por um técnico de enfermagem através de uma porta. Na minha cabeça vem a dúvida: será que essas pessoas têm as informações corretas de como utilizar esses medicamentos?
O residente nos mostra o funcionamento de visitas domiciliares que são feitas às pessoas acamadas da região do posto, a organização dos prontuários e os grupos que funcionam nesse local. Às sextas-feiras funciona o grupo de fumantes. Um médico pergunta se algum de nós gostaria de participar como ouvinte, mas acabamos por continuar a observação do atendimento no posto.
Percebo uma satisfação das pessoas a minha volta. Ninguém parece estar insatisfeito com o funcionamento. Tudo flui naturalmente sem problemas maiores.
Acompanhamos agora um a um, uma técnica no acolhimento. Entro na pequena sala, sento e em seguida uma senhora entra querendo marcar uma consulta a qual suponho que é para seu marido. Ela diz que ele não está muito bem e que ela gostaria que fosse atendido o quanto antes. A técnica comenta que médicos escreveram em seu prontuário que ele não compareceu às consultas marcadas muitas vezes e que isso atrapalha o andamento e impede que outros marquem nesse horário. A senhora diz que vai tentar fazer com que ele não falte mais.
Sentamos em um banquinho do lado de fora do posto, eu, os dois colegas e o residente que nos explica um pouco do paciente acamado que vai atender mais tarde. Eu pergunto o porquê de não haver farmacêutico no posto. Ele me responde que um grupo básico normalmente é composto por médicos, enfermeiros, dentistas e técnicos e que a função do farmacêutico é importante, mas não indispensável. Ele também nos conta que nesse posto a grande parte dos funcionários são médicos. Percebo pouquíssima noção de integralidade entre os profissionais nessa unidade (inclusive desse profissional que disse ter participado de projetos). Não há um local em que tenha visto esses profissionais se reunir para trocar informações.
Eu tive a impressão de estar atrapalhando ou causando desconforto a alguns profissionais enquanto estávamos dentro do posto. Uma agente de saúde nos convida para conhecermos a região que o posto abrange. Subimos em um morro ao lado do posto. A vista de cima realmente abrange toda a região. São construções semelhantes umas às outras, como condomínios. Ela nos explica que esses prédios não eram dessas pessoas, que elas os habitavam e aos poucos foram os adquirindo legalmente. A agente nos leva até a vila, um lugar muito humilde, de casas simples e inacabadas, com muitas crianças brincando no meio da rua. É um bairro muito violento em que há grande tráfico.
Eu já havia feito estágio na UBS Santa Cecília que para mim é exemplar, tanto em área física como em atendimento. O posto Jardim Leopoldina é pequeno, apesar de me parecer que tudo funciona, que pacientes tem suas consultas marcadas, recebem medicamentos, ainda tem que se adaptar ao que deveria ser obrigatório, o modelo de Integralidade.


HNSC - Emergência
Chego ao Hospital Conceição às 18h40. A visita estava marcada para as 19hs. Deparo-me com muitas pessoas ao redor de uma porta e logo imagino que ali se encontra a emergência. Eu fiquei na dúvida se me direcionava ao balcão da emergência ou se esperava os colegas, então resolvi me sentar ao lado da porta do lado de fora. Caminho um pouco e os encontro. Um deles, também monitor, se dirige ao balcão para verificar se a responsável pelo acompanhamento da visita se encontrava disponível. Entramos na emergência. Apresentamos-nos a ela e deixamos nossas pastas e bolsas numa sala que permaneceu chaveada durante nossa visita.
Há uma sala principal de espera onde havia dezenas de pessoas. Somos recebidos pela enfermeira Maristela que, muito atenciosa, nos apresenta tanto a parte física quanto o funcionamento do local. Ela nos explica que quando os pacientes chegam, é preenchida uma folha com informações pessoais e é entregue uma ficha com um número, esse correspondente ao que o paciente necessita. Os pacientes com risco de vida (parada cardíaca, com hemorragias, fraturas graves...) têm assistência imediata, passando à frente dos outros, demonstrando os princípios do SUS.
Dirigimos-nos a uma sala lateral onde são verificados os sinais vitais. Há mais de um profissional nessa sala, realizando um atendimento primário e indicando que essas pessoas esperassem a chamada para receber o próximo atendimento. Eles (pacientes e profissionais) não se incomodam com a nossa presença.
Em seguida, ultrapassamos a porta que divide a sala de espera do corredor onde possui as salas de atendimento. O espaço físico é muito bom e existem placas que indicam o propósito de cada sala. São consultórios médicos, odontológicos (há plantões de dentistas também), sala de medicamentos (pessoas recebendo soro), sala de raios-X, de curativos, entre outras. Continuamos nesse corredor onde, mais ao fundo, existem três salas com leitos para pessoas que necessitam de maior atendimento: sala verde, amarela e vermelha.
Entramos na sala amarela. Havia cerca de 30 leitos (não tenho certeza), mas não estavam todos ocupados. A enfermeira nos explica que para a sala amarela são encaminhadas pessoas que precisam de um atendimento especial, que chegaram à emergência com sinais vitais alterados, por exemplo. Nessa sala há um grupo de médicos discutindo assuntos relacionados aos pacientes ali internados. Discutem caso a caso de hora em hora, pois são pacientes muito instáveis e as informações são repassadas aos médicos do próximo plantão. Os pacientes que chegavam a essa sala possuíam placas no peito com seus nomes e eram recebidos por técnicos de enfermagem.
A sala verde que teria capacidade para 30-35 pessoas está lotada. Com cerca de 80 pacientes ela estava tomada de macas espalhada por toda sua extensão. A sala originalmente daria aos pacientes certa privacidade porque possui cortinas entre as camas. Com essa superlotação essa privacidade não acontece. Maristela nos diz que nesta sala as pessoas possuem assistência 24h, e isso se torna uma razão pela qual grande parte delas prefere estar ali a subir para os andares do hospital. Existe um balcão central onde sempre há presença de médicos, enfermeiros e técnicos juntos a disposição desses pacientes. Percebo que todos trabalham em um mesmo local, dividindo um mesmo espaço, mas durante o tempo que estive ali não consegui perceber entre eles grande noção de integralidade.
Finalmente entramos na sala vermelha, onde se encontram pacientes em estado grave. Existem seis leitos, dois destes ocupados. Há também uma sala de isolamento com um paciente, um tanto sedado, que foi submetido a uma endoscopia durante nossa visita. Na outra extremidade da sala há uma grande porta para rua por aonde chegam os pacientes vindos de ambulâncias e outra porta para saída de óbitos para dentro do hospital. Também há um balcão com um médico que estava trabalhando no computador, uma enfermeira e dois técnicos de enfermagem atendendo os pacientes.
Por duas vezes enquanto estávamos recebendo explicações de Maristela, técnicos de enfermagem (eu acho) tiravam suas dúvidas com ela sobre encaminhamento de pacientes. Ela nos explicou que o Hospital Conceição é bastante conhecido por atingir suas demandas. Os pacientes que ali chegam são sempre atendidos, tem exames prontos na hora (às vezes demora um pouco, mas sempre são atendidos) entre eles exames imediatos de sangue e eletrocardiograma.
Fomos muito bem recebidos nesse local, a enfermeira Maristela conseguiu nos passar claramente a idéia do funcionamento de uma emergência e em momento algum senti que minha presença não era bem-vinda.

Hospital Fêmina – Internação
A visita estava programada para as 9h da manhã. Chego um pouco antes e logo no saguão da entrada encontro um aluno do curso da Psicologia que estava a minha espera e do outro aluno (este não compareceu). Resolvemos procurar a responsável pela nossa orientação. Logo encontramos a enfermeira responsável que nos leva até o andar da observação.
Chegamos no 4ºandar onde há um balcão no meio do corredor. Neste local somos apresentados a um grupo do hospital, composto por médicos, residentes enfermeiros e técnicos. A enfermeira que nos conduziu a andar nos apresenta a uma outra enfermeira, essa que nos explica o funcionamento da internação. São dez quartos por andar dos quais sete são destinados à problemas ginecológicos. Há um leito de isolamento que no momento era ocupado por um paciente com tuberculose. A enfermeira nos mostra que os medicamentos para os pacientes chegam da farmácia ao andar por um pequeno elevador que se encontra do lado de dentro desse balcão.
Um médico que estava sentado ao lado da secretária também nesse balcão nos pergunta sobre o projeto de Integralidade e se mostra muito interessado e feliz por ver jovens de profissões distintas em um objetivo comum. Muito atencioso nos mostra também um pouco do funcionamento e diz que esse hospital foge um pouco do que se encontra em outras internações. Ele nos diz que o ambiente é calmo e tranqüilo de se trabalhar.
Não tínhamos muito que fazer no local a não ser observar a interação desses profissionais que conversavam a respeito de alguns pacientes e, de tempos em tempos, se dirigiam aos quartos para prestar um atendimento.
Alguns minutos após, resolvemos acompanhar o atendimento das técnicas aos pacientes nos quartos que havia permissão. Uma responsável pelo laboratório (auxiliar do bioquímico???) recolhe alguns dados e materiais dos pacientes realizar exames (esta não estava muito interessada em fornecer informações).
Ficamos mais um pouco, mas realmente a visita foi breve. O que pude observar foi uma boa interação entre os profissionais naquele balcão central, sem distinção de profissão.

Ana Laura Pimentel

Saúde Comunitária – Jardim Floresta
Chegar até o posto não foi uma tarefa fácil, mas chegando lá imediatamente encontrei um colega de curso. Pouco tempo depois chegou mais uma colega.
Estávamos numa sala, diante da psicóloga-chefe do posto, que nos explicava o funcionamento do local e quais eram seus principais integrantes: três ou quatro psicólogos, umas quatro enfermeiras, dentistas, médicos, assistentes sociais.
Conhecemos todas as áreas do posto e conversamos com algumas pessoas.
Achei tudo relativamente calmo. A sala de espera dos pacientes estava lotada logo no início da manhã, mas as pessoas estavam ali para agendar consultas.
Pelo que percebi o fluxo é tranqüilo e a maioria dos pacientes está satisfeito com o trabalho desenvolvido.
Como estudante de farmácia, fiquei muito triste ao ver que num local onde há farmácia e dispensação de medicamentos não trabalha nenhum farmacêutico. Quem dispensa são as enfermeiras, que não fazem de boa vontade, obviamente.
Outra coisa que eu analisei foi a sala de curativos, que estava momentaneamente desocupada. Passei meus olhos sobre o balcão onde estavam os curativos e os anti-sépticos. Fiquei muito surpresa quando percebi que todos os anti-sépticos ali utilizados estavam vencidos desde fevereiro desse ano! Que falta faz um farmacêutico!
Senti entre os profissionais um clima amigável e de descontração. Ouvimos várias histórias e casos onde a integralidade resolveu problemas. Não sei até que ponto eles estavam sendo realmente sinceros, ou se simplesmente estavam “vendendo seu peixe”.
A verdade é que me senti muito bem acolhida e achei o local com um clima legal.
Uma observação que faço é que dentro desse grupo de pessoas não estavam os médicos. Vi um ou dois, porém não vi nenhum deles num momento de descontração. Só para esclarecer melhor, essa descontração acontece na cozinha. Todos se reúnem, discutem alguns casos, tomam café. Uma das pessoas com quem conversamos foi o segurança, que foi muito atencioso e nos preparou um ótimo café!
O único problema é que só escutamos as coisas e não vimos nada acontecendo. Não vi nenhum problema ser resolvido, nenhum caso difícil. Não vi a “Integralidade” acontecendo. As pessoas que trabalham lá estavam conosco no horário de lanche delas...não foi num momento de trabalho, de estresse, de dúvidas.
Gostei bastante da visita, acredito que a integralidade faça parte daquele ambiente, porém não pude assistir essa tal “integralidade” acontecendo.

Hospital da Criança Conceição - Emergência.

O início da visita foi difícil. Pedi muitas informações até chegar ao local desejado. Senti-me num labirinto e fui a única aluna do curso que compareceu nessa manhã.
Após encontrar a sala da chefia de enfermagem, fui apresentada à enfermeira Crista que me acompanhou até a emergência à procura de outra enfermeira que pudesse me apresentar ao hospital.
Depois de algumas voltas pelo ambulatório infantil, conheci a Marlene, a enfermeira que me mostrou o local e me apresentou as pessoas que lá trabalham.
Tive a impressão de que o ambulatório infantil estava mais movimentado do que a emergência. Crianças tossindo, vomitando, chorando...Enquanto que na emergência não havia quase ninguém. Confesso que me senti totalmente perdida, não sabia o que estava fazendo lá. Acompanhei alguns acolhimentos da emergência, mas nenhum dos casos era grave. As únicas profissionais que eu vi foram as enfermeiras e as técnicas de enfermagem. São elas que realizam o acolhimento, a nebulização, o controle dos medicamentos...
Não tive a oportunidade de conhecer a “Integralidade” da emergência, pois não vi outros profissionais. Aliás, vi um médico abrindo a porta do seu consultório para chamar o próximo paciente.
Achei a área física muito boa e bonita. As enfermeiras que trabalham lá reclamaram somente do espaço físico da sala de acolhimento, alegando ser muito pequeno. Também achei.
Depois de me apresentar o local, a Marlene me mostrou uma pasta com os POPs da emergência: sala de emergência, sala de observação, situações de urgência, etc. Enquanto eu lia, ela foi resolver alguns problemas. Nesse momento eu estava na sala de inalação e acompanhei a luta das enfermeiras para tentar acalmar as crianças para realizarem nebulização. Nesse pouco tempo que fiquei lá pensei “como é difícil trabalhar com crianças...”.
Achei interessante a visita, porém acho que não atingi o objetivo proposto, que é observar a “integralidade”. Isso eu não vi.

HOSPITAL FÊMINA
Eu e mais quatro meninas fomos ao hospital a fim de conhecermos a internação, no 5º andar. Logo que chegamos, conversamos com a enfermeira Clemir, já que fomos orientadas a procurá-la. Logo no começo enfrentamos um problema: ela não tinha a menor idéia do que iríamos fazer ali. Fomos instruídas, então, a nos dirigirmos até o 2º andar para falar com a enfermeira-chefe do hospital. Esta última sabia quem éramos e os objetivos da visita. Ela ligou para o 5º andar e explicou rapidamente a Clemir qual era a situação. Fomos orientadas a retornar ao andar de onde partimos para a visita.
O tempo de visitação foi rápido, ficamos aproximadamente uma hora. Conhecemos todas as instalações do andar. As meninas fizeram muitas perguntas a respeito das instalações e da rotina, basicamente as atividades de enfermeiras e auxiliares de enfermagem.
No andar se encontravam uma enfermeira, algumas auxiliares e um médico, além das moças da limpeza. O movimento estava tranqüilo, mas segundo a Clemir nos relatou, aquela “calmaria” não era algo comum.
Para mim, a parte mais interessante da visita foi quando ela falou sobre os medicamentos, como eles são distribuídos entre os andares, etc.
Como já havia relatado em outros diários, a visita foi tranquila, porém não observamos a integralidade, apenas observamos as instalações e conversamos com uma profissional que trabalha lá.
Acredito que seria mais interessante cada aluno conhecer o trabalho do profissional de seu curso dentro de cada área e saber como são as relações entre os profissionais através dele. Para mim as três visitas não foram boas, pois não me identifiquei nem um pouco com o ambiente. Não é ali que eu trabalharia. Estou conhecendo a rotina de enfermeiros e médicos e só! De repente a observação da integralidade deveria acontecer da visão do profissional de sua área e de seus relatos. Para depois então, quem sabe, conhecer os setores de forma geral.

Etiene Aquino Carpes

A unidade de saúde Barão de Bagé é uma unidade que atende aproximadamente cinco mil usuários, logo, consegue criar um certo vínculo com eles. Percebi que eles são muito bem recepcionados pelos funcionários e pelos integrantes da equipe de saúde de lá. Participei de uma reunião de equipe ao chegar à unidade. Nesse momento, foram discutidos alguns assuntos da área da saúde e também alguns casos clínicos de usuários da unidade. Na reunião estavam presentes diferentes profissionais integrantes da equipe multiprofissional. Percebi o comprometimento da equipe, e o interesse em discutir algumas situações ocorridas na rotina da unidade. A atenção que lá é dada aos usuários, torna o atendimento bastante diferenciado. Há alguns medicamentos que são fornecidos aos usuários. Quem os entrega são as enfermeiras ou as técnicas de enfermagem. Não percebi nenhum momento em que foi dada alguma informação sobre o uso correto dos medicamentos aos usuários. Durante a tarde da minha visita presenciei dois momentos nos quais a presença do profissional farmacêutico faria toda a diferença, se lá estivesse presente. Mesmo sendo uma unidade pequena e tendo poucos profissionais presentes, pude notar que a atenção dada aos usuários e o atendimento oferecido pareceu ser adequado.



Visita: Linha Cuidado mamãe/Bebê

A linha Cuidado mamãe/bebê atende as puérperas e os bebês até dois dias após o parto. Tanto o bebê, quanto a mãe, recebem toda a atenção da equipe de saúde. Uma médica acompanha todas as puérperas no turno da tarde e o mesmo parece ocorrer nos outros turnos. É um ambiente bem tranqüilo, pois os casos os quais necessitam maior acompanhamemto são encaminhados para outra área da maternidade. Os medicamentos que são utilizados pelas mães, são entregues a elas pelas auxiliares de enfermagem, sem a presença do profissional farmacêutico, fundamental no acompanhamento da puérpera no manejo da terapia. Em alguns momentos, as pacientes chegavam à sala em que ficam os profissionais da equipe de saúde e esperavam um longo tempo na porta até serem atendidas, pois demoravam a perceber sua presença ali na porta ou diziam que estavam um pouco ocupadas. A mim pareceu um certo descaso em atender as mães, como se um estivesse esperando o outro profissional ir lá, se esquivando do atendimento. Após essa longa espera de pé no corredor, elas recebiam a atenção. Não foi permitido que eu observasse o atendimento do profissional nos quartos, com isso, não pude observar como é a relação entre os profissionais e as mães, pois poucas foram até a sala da equipe na tarde em que eu estava presente.

Etiene Aquino Carpes

A unidade de saúde Barão de Bagé é uma unidade que atende aproximadamente cinco mil usuários, logo, consegue criar um certo vínculo com eles. Percebi que eles são muito bem recepcionados pelos funcionários e pelos integrantes da equipe de saúde de lá. Participei de uma reunião de equipe ao chegar à unidade. Nesse momento, foram discutidos alguns assuntos da área da saúde e também alguns casos clínicos de usuários da unidade. Na reunião estavam presentes diferentes profissionais integrantes da equipe multiprofissional. Percebi o comprometimento da equipe, e o interesse em discutir algumas situações ocorridas na rotina da unidade. A atenção que lá é dada aos usuários, torna o atendimento bastante diferenciado. Há alguns medicamentos que são fornecidos aos usuários. Quem os entrega são as enfermeiras ou as técnicas de enfermagem. Não percebi nenhum momento em que foi dada alguma informação sobre o uso correto dos medicamentos aos usuários. Durante a tarde da minha visita presenciei dois momentos nos quais a presença do profissional farmacêutico faria toda a diferença, se lá estivesse presente. Mesmo sendo uma unidade pequena e tendo poucos profissionais presentes, pude notar que a atenção dada aos usuários e o atendimento oferecido pareceu ser adequado.



Diário de Campo

Visita: Linha Cuidado mamãe/Bebê
Etiene Aquino Carpes – Curso de farmácia

A linha Cuidado mamãe/bebê atende as puérperas e os bebês até dois dias após o parto. Tanto o bebê, quanto a mãe, recebem toda a atenção da equipe de saúde. Uma médica acompanha todas as puérperas no turno da tarde e o mesmo parece ocorrer nos outros turnos. É um ambiente bem tranqüilo, pois os casos os quais necessitam maior acompanhamemto são encaminhados para outra área da maternidade. Os medicamentos que são utilizados pelas mães, são entregues a elas pelas auxiliares de enfermagem, sem a presença do profissional farmacêutico, fundamental no acompanhamento da puérpera no manejo da terapia. Em alguns momentos, as pacientes chegavam à sala em que ficam os profissionais da equipe de saúde e esperavam um longo tempo na porta até serem atendidas, pois demoravam a perceber sua presença ali na porta ou diziam que estavam um pouco ocupadas. A mim pareceu um certo descaso em atender as mães, como se um estivesse esperando o outro profissional ir lá, se esquivando do atendimento. Após essa longa espera de pé no corredor, elas recebiam a atenção. Não foi permitido que eu observasse o atendimento do profissional nos quartos, com isso, não pude observar como é a relação entre os profissionais e as mães, pois poucas foram até a sala da equipe na tard